A nova ambição humana nas próximas décadas será conectar diretamente nossos cérebros a máquinas. Esta semana Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, anunciou que será um dos empreendedores desse desafio. Segundo o Wall Street Journal, o empresário está por trás de uma nova empresa, a Neuralink, que concentra esforços para desenvolver uma interface cérebro-máquina.

Mas de onde vem essa necessidade e porque a humanidade ganhará com essa conexão? A cada geração – cientistas afirmam- estamos ampliando e acelerando a capacidade cerebral e cognitiva. O uso das tecnologias de comunicação, redes sociais, aparelhos, inteligência artificial e outros avanços estão promovendo uma revolução nas relações de trabalho e também dentro de nossas cabeças. A esperança é que a busca por tecnologias que façam o cérebro mais saudável, rápido também nos ajude no combate a doenças, desequilíbrios, possa ajudar no tratamento de doenças degenerativas, depressão e demência, muitas delas relacionadas ao envelhecimento.

Há algum tempo, laboratórios, cientistas, pesquisadores e acadêmicos pesquisam a aproximação motora entre corpo e máquina, mas pela primeira vez teremos empresas orientadas a construção de protótipos. Questões éticas que isso envolve? A possível e muito provável geração de humanóides ou robôs que substituem pessoas no trabalho ou vida coletiva – e todas suas consequências sociais e afetivas derivadas disso.

A “Neurotecnologia” poderá, no entanto, ajudar a humanidade a resolver sérios problemas como a redução da medicação química antidepressiva através de monitoramentos cerebrais via apps, uma medicina mais personalizada com uso da inteligência artificial, melhora da coordenação motora de pessoas em reabilitação física, entre outros.
Todo avanço tecnologico carrega e amplia os problemas éticos relacionados. É preciso que cientistas e a comunidade acadêmica discutam com médicos, pacientes e pesquisadores como minimizar os problemas e como ampliar esses recursos, levando a uma maior número de pessoas as descobertas e avanços da medicina.

É fundamental que não se criem “castas” de cidadãos com franco acesso a medicina de ponta enquanto milhões ainda vivem no planeta sem acesso a condições sanitárias ou a atendimento médico.