A resiliência é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas. Mas não só pessoas podem ser resilientes.
Organizações e até cidades podem também montarem estruturas de gestão para enfrentarem adversidades. No Brasil, a cidade do Rio de janeiro saiu a frente há alguns anos, com um projeto baseado nesse conceito – o Escritório de Sustentabilidade e Resiliência (ESR), que é responsável por desenvolver os temas de sustentabilidade, resiliência, mudanças climáticas e governança ambiental. O Rio Resiliente (http://resilie
Um relatório publicado em 2013 pelo Institute of Medicine (IOM) indica que desenvolver uma organização resiliente deve ser prioridade. As descobertas recentes da neurociência podem nos orientar a gerir organizações para que, ao enfrentarem situações de adversidade, continuem a fornecer talento e soluções criativas.
A Psicóloga e Mestre em Neuroleadership Rejane Guerreiro é a única brasileira que trabalha nos Estados Unidos com esse tema. Em Nova York, ela comanda o “Being NeuroCreative”, um centro de pesquisas e treinamento em língua portuguesa, que oferece programas educativos para executivos e profissionais das mais diversas áreas. “Os líderes empresariais podem – e devem – usar o conhecimento da neurociência para criar uma cultura organizacional resiliente“, explica.Segundo o artigo da Harvard Business Review “Lições da Neurociência”, publicado este mês – estudos apontam que o motivo mais comum de um enorme potencial das pessoas não se transformarem em uma grande realização é a falta de resiliência em uma situação de adversidade. “Histórias notáveis de sucesso ocorridas após momentos de grandes desafios e fracassos são incontáveis” diz o pesquisador George S. Everly Jr.
O artigo descreve as medidas criadas por organizações para acompanhar as crises mundiais: mercados enfrentam incertezas e reações hostis pressionam a globalização, as empresas precisam mudar para conseguir se adaptar e, com determinação, prosperar. Rejane Guerreiro, que oferece uma certificação ( link NBI) não tem dúvidas que o profissional do futuro precisa ser resiliente. ” Uma das posturas sugeridas pelo IOM é justamente preparar líderes que servem como “catalisadores que inspiram os demais a demonstrar resiliência” – completa ” Não tenho dúvidas que passamos por um momento de profunda mudança nos conceitos de liderança” – conclui.O artigo da Harvard Business Review destaca que a neurociência nos dá insights que nos auxiliam não só a superar as barreiras para atingir a resiliência, mas a “fortalecer os laços de dedicação, confiança e lealdade, fatores que tipificam culturas organizacionais de resiliência.”