Recentemente o empresário Elon Musk, CEO da Tesla, SpaceX e Neurolink, entre outras, foi citado como dizendo que “férias poderá matá-lo”. E, aparentemente, muitos americanos – empresários ou mesmo trabalhadores – parecem concordar com Musk. Um estudo de realizado pelo Projeto de estudos de temas ligados a tempo livre, chamado “Time Off”, da Califórnia, descobriu que 55% dos trabalhadores americanos entrevistados disseram que não usaram todos os dias de férias.

Na maioria dos estudos que tratam da ociosidade – entre eles Domenico de Masi, autor do livro “Ócio criativo”, consideram que o uso do tempo livre não é o mesmo que “Não fazer nada”. A paz interior – dizem –  não é um estado final. Em vez disso, é algo que você deve se esforçar para alcançar em uma base diária e contínua. Para os empresários que enfrentam uma lista aparentemente interminável de tarefas a serem concluídas, e os incêndios para apagar, a paz interior pode parecer indescritível – mas também é muito importante para esse grupo em particular. Estar ativo, resolvendo problemas pode ser muito importante para essas pessoas – e férias forçadas ou agendadas podem prejudicar mais do que ajudar. Tarefas incompletas e por deixar podem causar estresse.

Muitos especialistas apontam a cultura americana como responsável por essa “paixão” pelo trabalho, que remonta ao nascimento do país e as tradições que dizem que se alguém trabalhar “duro” será recompensado com prosperidade.

Na contra mão dos empresários conhecidos  “workaholics” como Musk e Steve Jobs  – uma nova geração de empreendedores verdes e adeptos a meditação está surgindo. Para eles o ensinamento é reservar algum tempo e energia para fazer algo que simplesmente faz você se sentir bem no momento, seja lendo um livro, assistir a um filme, dar um passeio ou tirar um dia inteiro de folga do trabalho.

Muitas empresas no vale do silício tornaram o ambiente de trabalho muito flexível, aceitando roupas informais, jogos e até um “dog day” quando você pode levar seu cachorro com você para trabalhar. Toda essa política tem como objetivo equilibrar as longas e rotina cansativa das equipes que desenvolvem projetos de software.

A chamada cultura corporativa alternativa pode ir além do escritório. Em uma entrevista recente à revista Wired, Warren Joly, CEO da empresa de publicidade Ad Quadrant, disse que  “O segredo para viver é se dedicar ao outro” Jolly é um dos vários CEOs de Los Angeles que dedicam uma quantidade significativa de tempo à filantropia, apoiando ativamente várias causas – incluindo instituições de caridade na Índia, país natal de muitos engenheiros.

De acordo com Joly, usar o tempo livre para ajudar a causas humanitárias não só o tornou um CEO melhor, mas o orientou a moldar a cultura de sua empresa.

Os empresários tendem a ser um pouco diferentes nessas definições. Para muitos o trabalho é uma saída para energia criativa e uma fonte de satisfação imensa, para outros o tempo livre imposto pelo calendário pode ser estressante e sem sentido. E você, onde se encaixa?