“Precisa conviver com alguém que só enxerga a si mesmo e fica irritado por qualquer motivo? Respire fundo! Há uma saída”. Com essa “chamada especial” a Revista IstoÉ que está nas bancas no Brasil (18/03), descreve as dificuldades de lidar com pessoas “difíceis” e supostamente sem “Inteligência Emocional”

“Eu trabalho há muitos anos com esse tema no campo comportamental dentro e fora do mundo corporativo” diz a Psicóloga e Neurocientista especializada em liderança Rejane Guerreiro, comentando a reportagem –  “Realmente é muito desafiador não só lidar com pessoas explosivas, inseguras, queixosas e resistentes a opiniões diferentes das suas, mas o mais complexo é se reconhecer  como uma delas – afirma a fundadora do BeingNeuroCreative, um centro de estudos e pesquisas em neuroliderança em Nova York.  Para Rejane o maior desafio é as pessoas reconhecerem seus problemas de relação interpessoal e buscar equilibrio. Uma das sugestões de coaches e de profissionais que trabalham com treinamento é orientar os chefes a dar feedbacks de forma privada. Se você vai pedir uma mudança de comportamento para um subordinado com baixa inteligência emocional – diz a orientação – não faça isso na frente da equipe de trabalho, já que em caso de feedback negativo, é importante que haja discrição e confidencialidade.

Para Rejane Guerreiro a inteligência emocional é uma “competência fundamental” para sobreviver no mercado de trabalho, muitas vezes afetado por instabilidade e mudanças. “É preciso que os executivos e os profissionais de nível de decisão, invistam cada vez mais em ferramentas de avaliação que os ajudem a formarem equipes que se complementam e não que se chocam de acordo com suas preferencias cerebrais” explica.
Segundo a maioria dos especialistas em desenvolvimento humano e coaching,  conhecer as preferências de utilização cerebral e cognição emocional com quem se trabalha e/ ou está subordinado é muito importante para lidar com as diferenças de humor, inteligência, características de liderança etc. Uma das capacidades testadas geralmente é a de discernir as próprias emoções para entender o que provoca raiva, angústia, impaciência, medo.
Observe como você lida bem com as transformações mesmo quando elas tiram você da sua zona de conforto. Essa é uma das perguntas padrão em qualquer estudo de comportamento no trabalho. Segundo Rejane Guerreiro “flexibilidade é uma necessidade para enfrentar as mudanças no mundo sem traumas, ressentimentos e angustia.  Quanto melhor você conhecer suas preferências cerebrais e cognição emocional e entender as mudanças, mais fácil será conviver com os outros e com você mesmo”