Ressurreição (em latim: resurrectio, em grego: anastasis) significa literalmente “levantar; erguer”. Embora na mitologia religiosa seja associada a um evento específico – a cristã, a palavra tem diferentes sentidos e interpretações.  Na maioria, voltar a viver.

Mesmo durante as comemorações ou pausas religiosas é possível entender a força da ressurreição como uma manifestação de força, reinvenção, reestruturação e superação.

Na sociedade moderna e altamente tecnológica – onde muitas relações estão virtualizadas – a lembrança da ressurreição pode parecer algo distante e – ou histórico – reservados a fé. No entanto cada vez mais assistimos a processos de reinvenções – pessoais, organizacionais e até nacionais –  que se assemelham em forma e conceito com esse fenômeno religioso.

O mundo corporativo, inclusive, cada vez mais ganha lideranças quase religiosas, que usam linguagem que possui origem nas mitologias orientais.  A meditação, as terapias com recursos naturais, a volta a pequenos grupos de trabalho, a vida sem “aditivos” parece ser hoje bem atrativa para os “millennials”- jovens nascidos em um recente período, abundante de recursos financeiros, deixados pelas gerações anteriores.

A ressurreição prometida pela nova era de Aquarius, pelos gurus e monges – alguns deles executivos – todavia não se completou. Brotam aqui e ali, dezenas de novos livros e teorias, exaltação de temas como empreendedorismo, startups, cloud computing, investimento anjo.

O atual pecado na teologia do empreendedorismo é o fracasso financeiro. Será preciso tomar cuidado para fugir dos dogmas. Não há receita para o sucesso, não há fracasso programado.

Quase toda teologia necessita de rituais e a adoração de “santos”. Alguns pensadores contemporâneos Brasileiros fazem excelente conexão com a atual literatura de empreendedorismo e a adoração de grandes empreendedores como “Steve Jobs”.

E de novo  a ressurreição entra na pauta dos jovens, em busca de ídolos, renascimento através de novos inícios e ciclos. O dia de hoje nos convida a pensar.  Qual ressurreição queremos ou devemos provocar em nossas vidas? Como podemos recomeçar nossos novos ciclos com mais equilíbrio, ética e respeito a vida?  São desafios dos novos dias santos.